domingo, 20 de maio de 2012

Realidade do ensino superior no Brasil


Confira o artigos dos diretores da UNE sobre ensino superior
Quando falamos em educação superior no Brasil, o cenário ainda é preocupante. Apenas 14% da juventude brasileira tem acesso às universidades e desses, só 25% (1,6 milhão) estão na universidade pública. O governo de Lula, continuado pelo governo Dilma, é responsável por drásticas mudanças positivas nesse cenário alarmante. Durante o governo Lula foram criadas 14 novas universidades federais e construídos mais de 50 campi por todo o país. Esse aumento do número de instituições e campis veio combinado com o aumento de investimentos, com o fortalecimento do ensino, da extensão e principalmente da pesquisa, com o incremento nas políticas de permanência fazendo com que a evasão fosse reduzida.
Toda essa ampliação tem uma característica muito marcante, que é a política de interiorização das universidades, fazendo com que a universidade pública chegue ao interior desse país e não se concentre apenas nos grandes centros urbanos. A interiorização deve ser casada com o desenvolvimento local e regional. Nãopodemos aceitar que a universidade pública se isole numa “bolha” e viva apenas em função de si própria, se voltando apenas para os seus problemas. Queremos que a universidade cumpra o seu papel, que é ser um instrumento produtor e irradiador do conhecimento, além de questionador e transformador da sociedade.
Para que isso aconteça, se faz cada vez mais necessária a criação decursos na área de licenciatura para a formação de professores e a implementação de graduações que atendam a demanda e as necessidades locais evitando a ida dos jovens aos grandes centros urbanos em busca de oportunidades. Mas só isso não basta, é importante que as instituições de ensino superior se identifiquem com a realidade local e sejam agentes transformadores, desenvolvendo projetos que façam parte da realidade local. É papel do estado fomentar a pesquisa, extensão e que elas se voltem para a produção de conhecimento local e beneficio da população e das cidades.
Descentralizar o conhecimento às vezes nos parece difícil, mas esse é o principal papel da extensão universitária, produzir um novo conhecimento a ser trabalhado e articulado, com intenção de transformar a realidade social, intervindo em suas deficiências e não se limitando apenas à formação dos estudantes.
A universidade não pode apenas levar o conhecimento para os(as)acadêmicos(as), mas deve levar e construir o conhecimento com todos(as). A emancipação dos jovens só é possível devido ao aumento do desenvolvimento local que é impulsionado por esses centros educacionais, permitindo assim, a permanência dos jovens nesses locais, por isso se faz tão importante o processo de interiorização das Instituições Federais de Ensino.
Camila Moreno é Diretora de Assistência Estudantil da UNE e Camilo Vanni é Diretor de Movimentos Sociais da UNE

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